Preço da passagem aérea deve subir, diz presidente do grupo TAM
Depois de atingirA�os mais baixos valores da história, as passagens aéreas brasileiras devem sofrer um leve aumento de preço nos próximos meses, afirmou aoiG o presidente do grupoA�TAM, Marco Antonio Bologna. Na TAM, a estimativa é de reposição de cerca de 5% no valor médio cobrado para cada passageiro voar um quilámetro (yield) no terceiro trimestre.
Bologna recebeu oiG em uma sala repleta de fotos do comandante Rolim Amaro, o fundador da TAM, miniaturas de aviões e um quadro com os sete mandamentos da empresa. O primeiro deles é “nada substitui o lucro”.
Em linha com seu primeiro mandamento, a TAM responderA? com reajuste de preços às pressA�es de custo que afetaram o setor aéreo neste ano. Em marA�o, a Infraero reajustou as tarifas dos 67 aeroportos que administra. A TAM estima que a elevação de taxas trouxe um custo extra anual de cerca de R$ 50 milhões.
Durante todo o primeiro semestre, a companhia aérea gastou 30% mais com combustível do que no mesmo período do ano passado, conseqA?A?ncia da elevação de preços do barril de petrA?leo. E ela também precisou arcar com mais despesas para atender àsA�novas normas da AgA?ncia Nacional de Aviação Civil (Anac), que ampliaram os direitos dos passageiros.
Mesmo com o aumento de custos, os preços das passagens da companhia (medidos pelo indicador yield) caA�ram 3,2% nos seis primeiros meses deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Nos trechos domésticos, a queda foi ainda maior – de 13,5%. Segundo Bologna, a redução de preços no setor aéreo foi parte da estratégia das companhias para atrair seu novo cliente, oA�passageiro da classe C.
Apesar da necessidade de recuperação de preços, o presidente da holding TAM diz que viajar de avião ainda será atraente para a classe média. “A tendA?ncia de maior acessibilidade no preço veio para ficar”, diz Bologna.
Parcerias comerciais
Para atrair novos clientes, a TAM manterá sua estratégia de aumentar a capilaridade de suas vendas e de firmar parcerias comerciais com empresas de Ônibus, segundo Bologna. Hoje, a empresa é parceira da Princesa do Agreste e da PA?ssaro Marron, que recentemente foiA�adquirida pelos acionistas da Gol, sua principal concorrente.
“A TAM de uma maneira geral busca mais capilaridade nas suas vendas e faz parte dessa estratégia criar integração com outros modais, como o rodoviA?rio”, diz o presidente do grupo. “Existem várias empresas de Ônibus no mercado. Podemos continuar nossaA�parceria com a PA?ssaro Marron ou firmar acordos com outras empresas”, diz o executivo.
A TAM, no entanto, não planeja comprar nenhuma empresa de Ônibus, diz Bologna. “A TAM S.A. é uma holding voltada para a aviação”, ressalta. E o negócio mais esperado pela companhia é a conclusão daA�fusão com a chilena LAN, que deve trazer sinergias de US$ 400 milhões (cerca de R$ 685 milhões) ao ano.
O processo ainda depende de aprovações de autoridades do Brasil e do Chile. A previsão da TAM é que todas as etapas sejam concluA�das no primeiro trimestre de 2012. Juntas, as duas companhias terão uma frota de cerca de 260 aviões e mais 200 encomendadas.
A TAM deve encerrar 2011 com 159 aeronaves e permanecer com a mesma quantidade no ano que vem. A companhia revisou seu plano de frota após a economia global começar a apresentar sinais de desaceleração. Em 2012, a TAM não elevarA? sua frota e apenas trocarA? 13 aeronaves mais antigas por outras novas.
Fonte: iG
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